
Você, com certeza, tá sabendo do retorno de Lily Allen, que lançou hoje o single "Hard Out Here" (produzido por Greg Kurstin), já com o clipe (dirigido por Christopher Sweeney), primeira dose de seu futuro novo disco, previsto para o início de 2014, como prometeu há alguns meses.
A música marca seu retorno ao mundo da música, do qual está "longe" desde 2009, quando lançou o It's Not Me, It's You, período em que se dedicou à vida pessoal, teve dois filhos, mudou e nome e mudou novamente.
Aspas no "longe" porque também fez uma coisinha aqui e outra ali, como em "Just Be Good To Green" do Professor Green (em 2010), "True Love" da P!nk (2012) e, esses dias mesmo, de um cover de "Somewhere Only We Know" do Keane para um comercial natalino.
E por mais que a gente estivesse super ansioso pelo comeback, bem, aparentemente, ao contrário de todo mundo, não gostamos muito do resultado não e resolvemos falar o porquê no post, pois a notícia em si, todos já viram. Dá plenamente para entender a euforia ao redor do assunto (também estamos!), mas será que não estão superestimando o material, não?
A estrutura sonora remete qualquer outra faixa do It's Not Me, It's You ou do Alright, Still, com seus pianinhos marotos. Porém, tendo como adendo - desnecessário, embora faça sentido no contexto - uma leve modificação eletrônica na voz da cantora, deixando-a irritante de escutar, por mais radiofônica que seja a proposta.
Na letra e vídeo, mesmo se utilizando de temas atuais (música pop, twerk, etc) e colocando na roda assuntos dignos de discussão (feminismo, padrões de estética, etc), o formato paródia-irônica é um clichê, já usado por P!nk (em "Stupid Girls"), bem como Eminem, Gwen Stefani, Blink 182 e diversos outros exemplos aos longo dos anos.
Ficou divertido? Ficou. Ficou despretensioso? Ficou. Foi esperto comercialmente falando? Sem dúvida, é uma sábia decisão para um lead-single. Mas esperávamos um pouco mais depois de tanto tempo.
Update: Lemos todos os comentários e admitimos que concordamos com vários questionamentos neles levantados. Alteramos alguns trechos que estamos fadados à interpretações não-precisas, por exemplo a questão da Azealia Banks, que soou implicitamente preconceituoso, mas, na verdade, foi uma de má interpretação da letra da canção (e não pela presença de moças negras twerkando no clipe), somado ao fato de a mesma já ter arrumado briga com a Lily Allen anteriormente.
Outro ponto é o levantamento quanto ao clichê. Estávamos nos referindo ao FORMATO paródia, e não as temáticas delas, pois cada um dos citados o utilizou de modos próprios. E, de maneira nenhuma queremos dizer que, mesmo com outros já tendo feito coisas similares (inclusive a própria Lily!), significa que ela não possa fazer novamente.
No demais, ainda achamos a música e vídeo bem chatinhos e aquém do que esperávamos, mas, como aqui é um espaço democrático para discussões, não temos problema algum em admitir estarmos errados, pelo menos em parte. É bom aprender com vocês, da mesma forma que esperamos que tenham aprendido conosco em outras oportunidades. :)
quedelicianegente.com
A música marca seu retorno ao mundo da música, do qual está "longe" desde 2009, quando lançou o It's Not Me, It's You, período em que se dedicou à vida pessoal, teve dois filhos, mudou e nome e mudou novamente.
Aspas no "longe" porque também fez uma coisinha aqui e outra ali, como em "Just Be Good To Green" do Professor Green (em 2010), "True Love" da P!nk (2012) e, esses dias mesmo, de um cover de "Somewhere Only We Know" do Keane para um comercial natalino.
E por mais que a gente estivesse super ansioso pelo comeback, bem, aparentemente, ao contrário de todo mundo, não gostamos muito do resultado não e resolvemos falar o porquê no post, pois a notícia em si, todos já viram. Dá plenamente para entender a euforia ao redor do assunto (também estamos!), mas será que não estão superestimando o material, não?
A estrutura sonora remete qualquer outra faixa do It's Not Me, It's You ou do Alright, Still, com seus pianinhos marotos. Porém, tendo como adendo - desnecessário, embora faça sentido no contexto - uma leve modificação eletrônica na voz da cantora, deixando-a irritante de escutar, por mais radiofônica que seja a proposta.
Na letra e vídeo, mesmo se utilizando de temas atuais (música pop, twerk, etc) e colocando na roda assuntos dignos de discussão (feminismo, padrões de estética, etc), o formato paródia-irônica é um clichê, já usado por P!nk (em "Stupid Girls"), bem como Eminem, Gwen Stefani, Blink 182 e diversos outros exemplos aos longo dos anos.
Ficou divertido? Ficou. Ficou despretensioso? Ficou. Foi esperto comercialmente falando? Sem dúvida, é uma sábia decisão para um lead-single. Mas esperávamos um pouco mais depois de tanto tempo.
Update: Lemos todos os comentários e admitimos que concordamos com vários questionamentos neles levantados. Alteramos alguns trechos que estamos fadados à interpretações não-precisas, por exemplo a questão da Azealia Banks, que soou implicitamente preconceituoso, mas, na verdade, foi uma de má interpretação da letra da canção (e não pela presença de moças negras twerkando no clipe), somado ao fato de a mesma já ter arrumado briga com a Lily Allen anteriormente.
Outro ponto é o levantamento quanto ao clichê. Estávamos nos referindo ao FORMATO paródia, e não as temáticas delas, pois cada um dos citados o utilizou de modos próprios. E, de maneira nenhuma queremos dizer que, mesmo com outros já tendo feito coisas similares (inclusive a própria Lily!), significa que ela não possa fazer novamente.
No demais, ainda achamos a música e vídeo bem chatinhos e aquém do que esperávamos, mas, como aqui é um espaço democrático para discussões, não temos problema algum em admitir estarmos errados, pelo menos em parte. É bom aprender com vocês, da mesma forma que esperamos que tenham aprendido conosco em outras oportunidades. :)