Quantcast
Channel: Que Delícia, Né Gente?!
Viewing all articles
Browse latest Browse all 6346

Crítica: Jessie J está apática e quase sem nada para falar em "Alive", seu novo álbum

$
0
0


Enquanto Jessie J se apresentava no Rock In Rio no último domingo, seu novo álbum já estava aí nas internetes pra quem quisesse ouvir. Alive, que tem data de lançamento marcado pra dia 23, nos apresenta 13 faixas que servem para mostrar mais um pouco da cantora. E, ó, sejamos sinceros desde o começo: não consegue fazer isso bem não.

É muito triste falar, mas são tantos trancos e barrancos que você fica um pouco dormente no percurso. A opção de colocarem "It's My Party", que foi uma péssima escolha como single, para abrir o registro, já é uma previsão do quanto o álbum é superficial e preguiçoso.

As letras não apresentam nada diferente do que Jessie já fez. Dizemos isso não porque queremos aquela originalidade especial, mas novas abordagens. "Breathe", "Daydreamin'", "Conquer The World" (com Brandy) e "Thunder" são clichês liricamente. Essa última, ao menos, traz um bridge que talvez te conquiste.

E o estranho é que, na mesma compilação, temos "Square One", de longe bem mais trabalhada que as citadas. Além de "Sexy Lady" e "Harder We Fall", onde, mesmo com os argumentos de auto-ajuda usados em demasia no Who You Are, consegue dar uma variada da produção e composição.



A trap"Excuse My Rude" (com Becky G.) e a urban "Wild" (com Big Sean e Dizzee Rascal), apesar de já conhecidas antes do CD completo, são momentos mais do que bem-vindos, que deixam claro que quando Jessie quer se divertir e, ao mesmo tempo, sair do quadrado, consegue. O mesmo acontece em "Gold" e "Alive", que fecha o álbum, de maneira, dentro do contexto, até surpreendente.

No meio desse desequilíbrio sonoro, porém, destacamos "I Miss Her". A balada não abusa de todo o potencial vocal da cantora, mas a moça a interpreta de uma maneira especial, que a faz soar quase como se cantada em algum musical da Broadway. O que é um ótimo respiro num disco carente de entrega artística e emocional.

Alive parece não finalizado, um álbum ainda em processo de criação. E, poxa, Jéssica, você teve dois anos pra trabalhar nele. O mais irônico é que "Hero" e "Magnetic", usadas em trilhas-sonoras de recentes filmes, são ponto alto dessa nova fase, e justamente foram parar lá no fim da tracklist da versão deluxe. Ou seja, algumas coisas precisavam ser revistas aí.



quedelicianegente.com

Viewing all articles
Browse latest Browse all 6346


<script src="https://jsc.adskeeper.com/r/s/rssing.com.1596347.js" async> </script>