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Crítica: Com “8”, depois de 7 anos, Marjorie Estiano ainda surpreende musicalmente

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Após 7 anos sem materiais novos, eis que Marjorie Estiano retorna aos nossos players. Depois de fazer um pequeno comeback na atuação televisiva em Império, a artista lança um álbum para mostrar que tem muita coisa entre suas nuances de atriz e cantora.



"Por inteiro", a primeira música do registro, foi o primeiro material que chegou ao nossos ouvidos. Trazendo uma Marjorie diferente, a canção resume bem o álbum. Não que ele siga exatamente a mesma linha melódica, mas sim porque mostra uma diversidade em si que permeia toda a produção do disco.

O maior trunfo de 8, inclusive, é justamente esse, passear por um milhão de lugares e nos apresentar várias facetas da moça. É claro que no meio disso existe algum ou outro barranco, já que, de tão diferente, às vezes nos perguntamos se aquela interpretação seria a melhor para aquela canção.

Isso acontece principalmente nas duas faixas de outros idiomas. Não que o espanhol em "Donde Estás" e o inglês em "Driving Seat" sejam ruins, longe disso, mas é que parece que de tão diferentes, em um álbum que já tem isso em seu DNA, quase se desprendem do material, o que nos desestabiliza. O mesmo, felizmente, não acontece com "Ta Hi", cover de Carmen Miranda que, da maneira que foi interpretado, só nos ajuda a gostar ainda mais do trabalho.

Entre tantas canções únicas é quase impossível destacar a que mais se sobressai. Contudo, claro, nossos ouvidos ficam duas vezes mais atentos quando vamos ouvir "Luz do Sol" e "A Não Ser o Perdão". As duas trazem participações incríveis. Enquanto a primeira se qualifica com os gritinhos de Gilberto Gil e seu tom praieiro e levinho, a segunda nos arrebata com a adição de Mart'nália e uma letra que toca no desejo sexual de um jeito bem legal (mesmo que por vez incomode a ambiguidade de dizer que um romance entre mulheres é um romance menor).

Nas músicas em que Marjorie se vê sozinha, "Ele" é quem nos ganha primeiro. Ela nos traz uma mistura de sons que aponta para tantos lugares e surpreende por dar tão certo. A que mais nos ganha, porém, é "Alegria Maior Não Tem", um forró simples e direto que dá vontade de pegar a primeira pessoa e sair rodando por aí. Ainda por cima, tem uma letra amorzinho. Antes de fechar o registro com a ótima "Me Leva" e sua poderosa e sincera composição, temos "Na Estrada" que, apesar de liricamente inteligente, não se equilibra no nível das outras - não que seja ruim.

Depois de ouvir exaustivamente, conclui-se que 8é uma daquelas surpresas tão gratas que quase não se acredita. Dá quase raiva de Marjorie ficar tanto tempo desaparecida e nos esconder materiais como esse! De qualquer maneira, se for para esperar tanto tempo para outro disco assim, a gente se força a aguentar.


quedelicianegente.com

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