
Pra terminar nossas Rewind Reviews decidimos fazer algo... grupal (eita!). Depois de Bangerz da Miley, Stars Dance da Selena e The 20/20 Experience (1 e 2) do Justin, chegou a vez de Salute, do Little Mix.
Se o disco de estreia, DNA, teve o papel de apresentar as meninas e ser tão vendável quanto se espera de algo vindo do The X Factor, o segundo mostra um amadurecimento, até meio prematuro, e confirma que a girlband não veio pra ser "só mais uma", em meio à tantas do boom atual desse formato.
Logo no começo, com a faixa-título, temos uma ótima introdução para o material. É girl-power de uma ponta à outra, e já lhe dá, no mínimo, confiança no que vem a seguir. Verdade que, em seguida, o poder feminino - que volta a aparecer em outros momentos - parece ser esquecido em "Move", com seu uso inusitado uso de percussões beat-box, similar ao que "Nothing Feels Like You" faz com leves backvocals masculinos, estalos de dedo e palmas.
Liricamente, o CD é quase uma viagem sobre se encontrar, tanto em meio a conturbados relacionamentos, como por si só. Por isso rola uma conversa introspectiva em "Little Me" que, além de resgatar uma sonoridade do final dos anos 90/começo dos 2000, de materiais do TLC, Destiny's Child, Sugababes e até Spice Girls, não cai no clichê de auto-aceitação. Pelo mesmo motivo, temos em "Boy" aquele recorrente papo entre amigas na vida real, além de, no deluxe, encaixarem a DR "They Just Don't Know You".
Para pontuar nossos momentos de dúvidas e fraquezas, "These Four Walls" e "Good Enough". A primeira é de uma sensibilidade monstruosa e emocionante. A segunda, embora sonoramente se perca um pouco com o insistente eco, aponta questionamentos sinceros em seus versos. "Tower" também funciona bem nesses requisitos, mas, por mais que seja o melhor exemplo de que aprenderam a dividir bem os vocais entre si e ainda fazer a coisa soar orgânica, é a que menos se destaca.
O registro ainda traz surpresas escondidas, seja na mistura de ritmos - como na já citada "Nothing Feels Like You" e "Stand Down" (presente na versão deluxe) - ou na estrutura das canções, como o extremamente marcante pré-refrão de "Competition" e o bridge de "About The Boy", que, no caso, é quem salva a música.
Para fechar o álbum da melhor maneira possível, temos "A Different Beat". A faixa conversa diretamente com o começo do material. Se no início as garotas chamaram todas as mulheres para se mostrarem, durante o registro conseguiram expor que, apesar de rasgos emocionais de amores que não duram para sempre, sabem o que querem.
Salute funciona extremamente bem como um aprofundamento no trabalho de Little Mix. Impressionante como, já no segundo disco, Jade, Jesy, Leigh Anne e Perie mostram que estão cientes da música que fazem e parecem já ter traçado um caminho bem definido para o sucesso e amadurecimento como artistas. Tão de parabéns!
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quedelicianegente.com
Se o disco de estreia, DNA, teve o papel de apresentar as meninas e ser tão vendável quanto se espera de algo vindo do The X Factor, o segundo mostra um amadurecimento, até meio prematuro, e confirma que a girlband não veio pra ser "só mais uma", em meio à tantas do boom atual desse formato.
Logo no começo, com a faixa-título, temos uma ótima introdução para o material. É girl-power de uma ponta à outra, e já lhe dá, no mínimo, confiança no que vem a seguir. Verdade que, em seguida, o poder feminino - que volta a aparecer em outros momentos - parece ser esquecido em "Move", com seu uso inusitado uso de percussões beat-box, similar ao que "Nothing Feels Like You" faz com leves backvocals masculinos, estalos de dedo e palmas.
Liricamente, o CD é quase uma viagem sobre se encontrar, tanto em meio a conturbados relacionamentos, como por si só. Por isso rola uma conversa introspectiva em "Little Me" que, além de resgatar uma sonoridade do final dos anos 90/começo dos 2000, de materiais do TLC, Destiny's Child, Sugababes e até Spice Girls, não cai no clichê de auto-aceitação. Pelo mesmo motivo, temos em "Boy" aquele recorrente papo entre amigas na vida real, além de, no deluxe, encaixarem a DR "They Just Don't Know You".
Para pontuar nossos momentos de dúvidas e fraquezas, "These Four Walls" e "Good Enough". A primeira é de uma sensibilidade monstruosa e emocionante. A segunda, embora sonoramente se perca um pouco com o insistente eco, aponta questionamentos sinceros em seus versos. "Tower" também funciona bem nesses requisitos, mas, por mais que seja o melhor exemplo de que aprenderam a dividir bem os vocais entre si e ainda fazer a coisa soar orgânica, é a que menos se destaca.
O registro ainda traz surpresas escondidas, seja na mistura de ritmos - como na já citada "Nothing Feels Like You" e "Stand Down" (presente na versão deluxe) - ou na estrutura das canções, como o extremamente marcante pré-refrão de "Competition" e o bridge de "About The Boy", que, no caso, é quem salva a música.
Para fechar o álbum da melhor maneira possível, temos "A Different Beat". A faixa conversa diretamente com o começo do material. Se no início as garotas chamaram todas as mulheres para se mostrarem, durante o registro conseguiram expor que, apesar de rasgos emocionais de amores que não duram para sempre, sabem o que querem.
Salute funciona extremamente bem como um aprofundamento no trabalho de Little Mix. Impressionante como, já no segundo disco, Jade, Jesy, Leigh Anne e Perie mostram que estão cientes da música que fazem e parecem já ter traçado um caminho bem definido para o sucesso e amadurecimento como artistas. Tão de parabéns!
